
22 de maio de 2025
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ICosmetologia
O conhecimento tradicional sobre
fotoproteção sempre esteve centrado nos danos provocados pelos raios
ultravioleta. No entanto, evidências científicas mais recentes demonstram que a
exposição à luz visível, especialmente à luz azul de alta energia, também provoca
alterações importantes na pele — como estresse oxidativo, degradação de
colágeno e hiperpigmentação persistente. Essa descoberta amplia o nosso
entendimento sobre o que realmente significa proteger a pele contra os efeitos
da radiação. E é nesse contexto que o ingrediente Blumilight™ Biofunctional
ganha relevância científica e prática para quem atua na formulação de
dermocosméticos modernos.
Desenvolvido a partir do raro cacau
branco Criollo Porcelana, cultivado de forma ética e sustentável no Peru,
o Blumilight™ é fruto de uma biotecnologia avançada que preserva as proteínas
nativas das sementes não fermentadas de cacau. O processo enzimático utilizado
é cuidadosamente conduzido para manter a integridade dos peptídeos bioativos,
que são posteriormente analisados por ferramentas de bioinformática. O
resultado é um extrato altamente funcional, com um perfil peptídico exclusivo,
capaz de atuar nos mecanismos celulares relacionados ao fotodano e à
pigmentação da pele.
Entre os mecanismos de ação já comprovados em estudos in vitro, ex vivo e clínicos, destaca-se a atuação do Blumilight™ na modulação dos receptores de luz da pele, conhecidos como opsinas (OPN2 e OPN3). Confesso que o OPN2 eu não conhecia. Essas proteínas, presentes em queratinócitos e melanócitos, têm papel fundamental na percepção da luz visível e na regulação da produção de melanina. Sob estresse luminoso, como a exposição à luz azul, a expressão dessas opsinas pode ser prejudicada, o que contribui para desbalanços pigmentares, especialmente em peles mais escuras. O Blumilight™ atua preservando a expressão dessas opsinas e estimulando mecanismos como a autofagia, reduzindo a transferência de melanossomos para os queratinócitos e limitando o acúmulo de pigmento visível na epiderme.
Além disso, estudos demonstram que a
aplicação tópica de formulações com 1% de Blumilight™ é capaz de reduzir
significativamente a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS), tanto em
nível mitocondrial quanto celular, quando a pele é exposta à luz azul. Esse
efeito antioxidante foi superior ao observado com extratos convencionais de
polifenóis de cacau. O ingrediente também se mostrou eficaz na prevenção da
carbonilação de proteínas induzida por radiação UVB, um marcador importante de
dano celular.
Em termos de remodelação dérmica, os
dados também são promissores. O Blumilight™ aumentou a expressão de colágeno
tipo I e fibrilina-1 em fibroblastos fotoenvelhecidos, além de melhorar
visivelmente a organização das fibras elásticas da derme papilar, mesmo após
estresse induzido por UV e luz azul. Do ponto de vista clínico, os resultados
foram consistentes em voluntários de diferentes etnias. Em peles asiáticas,
afrodescendentes e caucasianas, observou-se melhora na aparência de rugas,
uniformidade do tom da pele, clareamento de olheiras e redução da visibilidade
de manchas pigmentares. Essas alterações foram registradas já a partir da
segunda semana de uso, com progressão ao longo de 6 a 8 semanas.
Do ponto de vista do formulador, o
Blumilight™ é particularmente interessante por sua estabilidade e
versatilidade. Trata-se de um ativo totalmente solúvel em água, isento de
conservantes, com origem natural certificada (ISO 16128), biodegradável,
vegano, e com conformidade ao protocolo de Nagoya. Pode ser adicionado na fase
aquosa abaixo de 40?°C ou pós-emulsão, o que o torna compatível com formulações
oil-free, géis, séruns, cosméticos clareadores e protetores urbanos com apelo
sensorial moderno.
Com o crescimento da demanda por produtos que vão além da proteção solar convencional — e que oferecem benefícios visíveis para o tom da pele, elasticidade e resistência ao estresse ambiental —, ativos como o Blumilight™ representam uma alternativa funcional, segura e respaldada por evidências científicas.
Achei bem completo o mecanismo e muitos
testes nos ajudam a ter mais segurança pra testar em nossas formulações .
abraços!
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