
24 de julho de 2025
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ICosmetologia
Quando
pensamos em poluição, o que geralmente vem à mente são problemas respiratórios,
doenças cardiovasculares e impactos no meio ambiente. Mas não é de hoje que
sabemos que a polução também pode prejudicar nossa pele — principalmente no que
se que diz respeito à hiperpigmentação.
Reocmendo
a leitura do novo artigo publicado
no International Journal of Dermatology.
Sabiam
que a poluição do ar é hoje considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
como a maior ameaça ambiental à saúde pública global? E sua influência
sobre a nossa pele é cada vez mais evidente.
Partículas
finas de poluição (PM – particulate matter), penetram na epiderme e
ativam o receptor de hidrocarbonetos aromáticos, o famoso AhR (Aryl
Hydrocarbon Receptor). Esse mecanismo leva à produção exacerbada de espécies
reativas de oxigênio (ROS), promovendo estresse oxidativo, inflamação e,
como consequência, ativação dos melanócitos. O resultado? Manchas como
melasma, lentigens senis e hiperpigmentações difusas, principalmente em áreas
expostas como o rosto.
Além
disso, a exposição combinada ao UVR (radiação ultravioleta) e à
poluição potencializa ainda mais os danos, gerando um ciclo inflamatório que
acentua o desequilíbrio da pigmentação cutânea.
Antioxidantes:
uma linha de defesa, mas não suficiente
O
artigo ainda destaca o uso de antioxidantes como vitamina E, N-acetilcisteína e
niacinamida, que atuam combatendo os radicais livres. Embora sejam aliados
importantes, as formulações cosméticas modernas exigem ativos mais específicos
e tecnológicos para atuar diretamente nos mecanismos desencadeados pela
poluição.
Aqui
no Brasil temos alguns ativos bem específicos para diminuir o impacto da
poluição na pele.
EPS
White
Produzido pela Codif (França), o EPS White® é um polissacarídeo exopolissacarídico marinho obtido por biotecnologia, que atua inibindo a cascata de eventos pró-inflamatórios (COX-2) e, portanto, prevenindo a ativação dos melanócitos.
Além disso, ele reduz significativamente a produção de melanina induzida por partículas de poluição, tornando-se um ativo estratégico na prevenção e tratamento de manchas causadas pelo ambiente urbano.
Eu me
lembro de conversar com o pesquisador francês que desenvolvei o ativo e eles
usaram nos estudos de eficácia fumaça de escapamento nos testes para simular os
danos.
Apolluskín
Já o
Apolluskin®, desenvolvido pela Silab (França), age como um verdadeiro
"intérprete celular", aumentando a resistência das células cutâneas
ao estresse oxidativo causado por poluentes.
O
mecanismo de ação do Apoluskin envolve a regulação da inflamação induzida pela
poluição, principalmente inibindo a ativação dos receptores AhR. O ativo também ajuda a modular a expressão de
genes envolvidos na pigmentação e inflamação.
Vale
a leitura e se você mora em grandes centros urbanos ou atende pacientes com queixas
de manchas que “não saem por nada”, considere que o inimigo pode estar no ar —
literalmente.
Até a próxima, meus amigos!
Lucas
Portilho
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