26 de agosto de 2019
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ICosmetologia
Peeling é todo processo em que há a remoção das camadas mais
superficiais da pele, seja com o uso de um produto químico, físico ou laser.
Ocorre destruição controlada de parte ou de toda epiderme, com ou sem a derme,
levando a esfoliação e remoção de lesões superficiais, seguida pela formação de
um novo tecido dérmico e epidérmico. Vem do verbo em inglês “to peel” que
significa descamar.
Com essa remoção, a pele se reestrutura e se renova, além de
haver estimulação da produção de colágeno, substância que dá firmeza à pele.
Dessa forma, os peelings são indicados para tratamentos de rejuvenescimento,
manchas na pele, cicatrizes de acne, flacidez, entre outros problemas de pele.
Mas o resultado varia conforma a profundidade do peeling feito.
Resurfacing superficial ou decapagem
Existem duas formas de classificar os peelings. A primeira é através de sua profundida e o segundo através do tipo de material usado para agredir a pele.
Peeling superficial: O procedimento compreende o uso de
ácidos, como por exemplo, ácido hialurônico, ácido glicólico de baixa
concentração, compostos com tricloroacéticos, retinaldeídos, salicílicos; e
também uso aparelhos, como o ultrassom estético, jatos de cloridróxido de
alumínio, ponteiras especiais com propriedades esfoliativas suaves ou de
controle de potência e profundidade e outros.
O objetivo desse peeling é retirar a camada mais
superficial da pele com discreta ou nenhuma descamação visível, atuando apenas
na camada córnea e estimulando apenas a formação do colágeno na pele. Dessa
forma, ele vai melhorar o aspecto, turgor e hidratação da pele, clarear
levemente o tom da pele, com a frequência e indicação corretas, pode auxiliar
na melhora das rugas muito superficiais, secar espinhas, acelerar a resposta da
pele ao tratamento com os cremes, melhorar as manchas mais rápido, etc.
Peeling médio: O objetivo deste peeling é destruir e esfoliar
a epiderme quase que totalmente, além da camada chamada córnea, e tem como
indicação a atenuação das rugas finas e médias e alguns tipos de manchas da
pele mais superficiais e tem a capacidade de renovar a camada externa da pele,
estimulando também a formação do colágeno. Ele inclui os tratamentos com ácido
tricloroacético, por exemplo, e também utilizado ácido glicólico em maior
concentração, aparelhos que literalmente lixam a pele, com potência ajustada
para a camada mais alta da pele, aparelhos de laser, como o laser CO2 e erbium,
aparelhos de radiofrequência, etc.
Tenta-se com esta técnica em teoria um rejuvenescimento de
um a cinco anos da pele, mas o resultado vai depender do preparo prévio da pele
e da indicação. Os resultados dependem muito da técnica escolhida.
Peeling profundo: Também são utilizados ácidos ou aparelhos
para esse procedimento, um dos recursos mais famosos é o peeling de fenol. Ele
é muito complexo na preparação da pele pré-procedimento e o próprio
procedimento que requer muitas vezes sedação, já que é feita uma ferida até uma
parte da derme. Há um risco muito maior de infecção, complicações e dependendo
da técnica, até mesmo a retirada do curativo exige alta experiência. Calcula-se
com este método, dependendo do preparo prévio da pele, um rejuvenescimento de
cinco a 15 anos.
Peeling físico: É realizado através de métodos físicos, em
que é feita uma esfoliação na pele, causando uma dermoabrasão. Entre eles, se
encaixam o peeling de cristal, peeling de diamante e microdermoabrasão.
Peeling químico: É o peeling feito com o uso de ácidos para
agredir a pele e descama-la, como o ácido hialurônico, ácido glicólico, ácido
retinóico, entre outros.
Peeling biológico: É feito com enzimas de frutas e
normalmente são mais superficiais. No entanto, seu uso é questionável e não tem
aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Peeling com laser: É feito com aparelhos, no caso lasers de
1064nm como o da plataforma solon que aquecem a pele de dentro para fora e
estimulam a troca de células sem descamar ou irritar a pele. O laser CO2
fracionado e o laser erbium também são usados com essa finalidade.
Peeling vegetal: Também chamado de gomagem, é um método
vegetal e natural de descamar a pele, porém tem performance limitada, sendo um
peeling superficial.
Ao remover uma camada da pele, o peeling a obriga a se
reestruturar e se renovar, além de haver estimulação da produção de colágeno,
substância que dá firmeza à pele. Dessa forma, os peelings são indicados para
tratamentos de rejuvenescimento, manchas na pele (como o melasma), cicatrizes
de acne, flacidez, entre outros problemas de pele.
Profissionais que podem fazer
O peeling é um procedimento que deve ser orientado pelo
dermatologista. Peelings superficiais, como o gomagem, podem ser feitos por um
esteticista, mas peelings médios e profundos são um procedimento médico, devido
às complicações e dependendo dos produtos utilizados pela possibilidade de
efeitos colaterais e até mesmo, a intoxicação.
Cuidados antes do peeling
Antes do peeling é importante a consulta com um
dermatologista, que avaliará o melhor peeling para cada caso e também indicará
os cuidados necessários de acordo com o método escolhido.
De modo geral, é importante tomar cuidados com a proteção
solar, para não danificar a pele. Além disso, normalmente é indicado o uso de
ácidos mais suaves por entre 15 e 30 dias para preparar a pele para o peeling,
normalmente são usados cremes com ácido retinóico, glicólico e hidroquinona.
Cuidados após do peeling
Os cuidados variam de acordo com o peeling feito, por isso o
mais importante é seguir as orientações de seu dermatologista.
No entanto, em todo peeling, como a pele fica sensível por
um tempo, é importante reforçar a proteção solar, reaplicando o filtro a cada
duas horas. O uso de produtos com ácido ascórbico (vitamina C) também é
bem-vindo.
O tempo de regeneração da pele varia conforme o tipo de
peeling. Em peelings superficiais esse tempo normalmente é de até cinco dias,
já os tipos mais profundos podem levar de 30 a 45 dias para a pele se recuperar
totalmente. Nesse tipo de peeling, é importante a prevenção de bactérias e
vírus da herpes.
O peeling é contraindicado para pessoas que não tem
fotoproteção adequada (atletas, pescadores). Também deve ser evitado por
pessoas em tratamento com isotretinoína nos últimos seis meses, pela diminuição
do metabolismo tecidual onde o uso de retinóides sistêmicos aumentam a síntese
de colágeno e reduzem a produção da colagenase, enzima que degrada o colágeno,
o que aumenta o risco de surgimento de cicatriz hipertrófica.
Quem faz uso de medicações como anticoncepcionais orais,
tetraciclinas ou corticoide que interferem no processo inflamatório, importante
para reepitelização, os estrogênios e contraceptivos orais aumentam o risco de
inflamação pós-inflamatória.
Pessoas com doenças de pele que afetam o colágeno, como o
lúpus e dermatomiosite, também devem evitar o procedimento.
Grávidas são contraindicadas a tratamentos como peelings
médios e profundos. Já os peelings leves só devem ser feitos com consenso do
médico.
Por degradar a pele, a fim de que ela se recupere e se
reorganize, os peelings podem trazer algumas complicações, principalmente se
não forem seguidos os cuidados necessários após o tratamento. Entre as
complicações possíveis do peeling, podemos enumerar: prurido, irritação,
queimadura, edema, tudo isso logo quando o peeling é feito.
Os resultados variam conforme o tipo de peeling feito:
Fontes
Dermatologista Abdo Salomão Junior (CRM-SP 91.536), membro
da Sociedade Brasileira de Dermatologia
Médica especialista em dermatologia Flávia Lira Diniz
(CRM-SP 89.746), especialista da Clínica Facial e médica responsável pelo
Ambulatório de Contorno Facial da Sociedade Brasileira de Medicina Estética
(SBME - SP)
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