
06 de outubro de 2025
|
ICosmetologia
Olá meus Amigos! O melasma continua
sendo um desafio terapêutico, especialmente quando buscamos opções eficazes,
seguras e com boa tolerabilidade. Um estudo recente, publicado no Indian
Dermatology Online Journal (2025), comparou dois ativos muito
utilizados em peelings químicos: o ácido lático a 90% e o ácido pirúvico a 40%,
ambos aplicados em pacientes com melasma epidérmico.
O estudo
Foram avaliados 60 pacientes com
melasma epidérmico, divididos em dois grupos:
·
Grupo A: peeling de ácido lático 90%
·
Grupo B: peeling de ácido pirúvico 40%
Os procedimentos foram realizados a
cada 2 semanas, durante 12 semanas, com avaliação final aos 6 meses (24
semanas). Foram usados dois parâmetros de eficácia: o índice MASI (Melasma Area
and Severity Index) e o questionário MELASQoL (qualidade de vida relacionada ao
melasma).
Resultados principais
·
Redução do MASI:
o Ácido lático: queda
média de 55,4%
o Ácido pirúvico: queda média de 52,1%
Melhora na qualidade de vida (MELASQoL):
o Ácido lático: de
36,83 para 21,3
o Ácido pirúvico: de 37,7 para 20,1
Ambos os grupos apresentaram melhora
estatisticamente significativa, com leve vantagem para o ácido lático no
resultado final — embora sem diferença estatística entre eles.
Peeling de ácido láctico 90% (paciente 1); fotografias no início do estudo, 12 semanas e 24 semanas
Peeling de ácido pirúvico 40% (paciente 1); fotografias no início do estudo, 12 semanas e 24 semanas
Tolerabilidade
Os dois peelings foram bem tolerados:
·
Queimação leve foi o efeito colateral mais
comum.
·
Eritema persistente e hiperpigmentação
pós-inflamatória foram raros, ocorrendo apenas em alguns casos do
grupo tratado com ácido lático.
Conclusão prática
Tanto o ácido lático 90% quanto o
pirúvico 40% são opções eficazes e seguras para o tratamento do melasma
epidérmico. O ácido lático se destaca por sua ação mais hidratante e
reconfortante, com resultados ligeiramente superiores no longo prazo. Já o
ácido pirúvico promove uma resposta mais rápida nas primeiras semanas e pode
ser preferido em casos com pele mais oleosa.
Considerações
clínicas
É importante ressaltar que o sucesso do tratamento também depende do preparo pré-peeling, do uso adequado de fotoprotetores e da continuidade do acompanhamento dermatológico. Este estudo reforça que peelings químicos, mesmo os mais clássicos, continuam sendo ferramentas terapêuticas valiosas e atualizadas na prática dermatológica.
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