15 de agosto de 2022
|
ICosmetologia
A medicina viu crescer, só no Brasil, nos últimos dois anos, em 390% a procura por procedimentos estéticos, o que inclui as injeções de ácido hialurônico, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Com tamanho crescimento, e com a experiência de anos de uso, dermatologistas e cirurgiões plásticos aprenderam a usar o preenchimento de forma mais elegante, e pacientes aprenderam a pedi-lo com moderação.
Como em todo mercado em expansão, outros laboratórios passaram a pesquisar ativos que tivessem o mesmo efeito do ácido hialurônico, mas com vantagens sobre o primogênito, evidentemente. Eis que chega agora ao País o seu mais novo concorrente: trata-se da policaprolactona, um bioestimulador que pertence a uma nova geração de preenchedores com colágeno biorreabsorvível, para dar volume e remodelar o rosto de forma imediata. E com o bônus de provocar a estimulação do colágeno da própria paciente.
Com o nome comercial de Ellansé, pode ser usado no sulco nasolabial, para volumização das maçãs da face, pescoço, dobras e linha do queixo, mandíbulas e mãos. O produto também pode ser aplicado no corpo, para corrigir flacidez e melhorar o aspecto da celulite. Ao contrário do ácido hialurônico, não pode ser usado nos lábios e pálpebras. Seu efeito, de acordo com o fabricante, tem duração de
dois anos – são no mínimo duas sessões com intervalos de 30 dias, ao preço médio de R$ 2 mil.
O novo colágeno demora cerca de 15 dias para começar a ser produzido depois do estímulo. Essa é uma ótima opção para os pacientes que necessitam de grande quantidade de produto para o tratamento, porque o rendimento dele é muito superior ao do ácido hialurônico.
No corpo, é possível melhorar bastante o aspecto de furinhos causados pelas celulites, pelo seu efeito preenchedor. Já a flacidez apresenta melhora após o início da produção de colágeno, processo que ocorre nos meses seguintes à aplicação.
A médica Cinthia Sarkis, que usa bioestimuladores há mais de uma década (ela começou a aplicá-los na Espanha, onde viveu de 2005 a 2015), explica que existem outros produtos de eficácia comprovada cientificamente, como o ácido polilático (substância do Sculptra e do fio de sustentação Sutura Silhouette) e a hidroxiapatita de cálcio (substância do Radiesse). Em ambos o efeito de preenchimento é concomitante à reação imunológica que o produto exerce ao ser injetado na pele.
Essa reação resulta em estímulo de fibroblastos e formação de novo colágeno. Da mesma forma que a policaprolactona, eles têm sido utilizados com sucesso na melhoria da flacidez de papada, braços, pernas, abdômen e glúteos. São diluídos em soro fisiológico ou lidocaína,
em até seis vezes a concentração habitual, e injetados na derme, garantindo um efeito prolongado de estímulo ao colágeno.
Diz a doutora Cinthia: “Os bioestimuladores são imunologicamente seguros, totalmente degradáveis pelo organismo e com efeito de longa duração. Eles nos permitem novas possibilidades complementares ao ácido hialurônico. Tudo depende do paciente e da área a ser tratada. Para um resultado ainda mais duradouro, recomendo um tratamento de estímulo de colágeno em sessão única a cada 9 a 12 meses depois do tratamento inicial”.
04 de novembro de 2024
01 de novembro de 2024
28 de outubro de 2024
24 de outubro de 2024
23 de outubro de 2024
21 de outubro de 2024
ICosmetologia 2024. Todos os direitos reservados.