25 de novembro de 2025
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ICosmetologia
O
Estudo que quero sugerir hoje fala sobre ativos de venda livre para tratamento
da alopecia androgênica (AGA) . Essa disfunção continua sendo a forma mais
comum de queda capilar, afetando homens e mulheres.
Embora
as opções consagradas como o minoxidil tópico e o finasterida oral sejam
eficazes, muitos pacientes buscam alternativas mais naturais ou sem prescrição
por medo de efeitos adversos.
Um
estudo recente revisou 13 ensaios clínicos
randomizados e duplo-cegos para avaliar a eficácia de compostos naturais e OTC
(over-the-counter) no tratamento da AGA. Os resultados apontam melhorias
significativas em densidade total de fios, densidade de fios terminais e
espessura dos cabelos em vários dos ativos analisados.
Destaques dos
principais ativos avaliados:
·
Procyanidin B2 (4 estudos): derivado da maçã,
mostrou melhora na densidade capilar e espessura dos fios. Bem tolerado, sem
eventos adversos relevantes. Atuação antioxidante e anti-inflamatória.
·
Cetirizina (3 estudos): antialérgico com
ação sobre prostaglandinas (inibe PGD2 e estimula PGE2), mostrou bons
resultados na densidade capilar, principalmente como coadjuvante ao minoxidil.
Sem eventos adversos tópicos relatados.
·
Caféina (1 estudo): quando usada em
shampoo, reduziu a queda capilar no teste de tração. Atua contra os efeitos
androgênicos nos folículos.
·
Oryza sativa (1 estudo): extrato do farelo
de arroz com potencial inibidor da 5a-redutase, promovendo aumento da densidade
e espessura capilar em homens e mulheres.
·
Pumpkin Seed Oil (1 estudo): óleo de semente
de abóbora por via oral aumentou a contagem de fios em homens com AGA. Efeitos
adversos leves e raros.
·
Óleo de alecrim (1 estudo): comparável ao
minoxidil 2% após 6 meses de uso. Pode causar leve prurido, mas é geralmente
bem tolerado.
·
Saw Palmetto (1 estudo): mostrou aumento
de densidade capilar tanto por via oral quanto tópica. Mecanismo semelhante à
finasterida.
·
Extrato de agrião (1 estudo): promoveu aumento
de densidade e espessura capilar, com mecanismo diferente dos tradicionais
(R-spondin 1 e DKK1). Sem eventos adversos relatados.
Conclusão prática
que os autores deixam pra nós
Embora os resultados sejam promissores,
nenhum dos compostos naturais testados mostrou eficácia superior ao minoxidil
ou à finasterida. No entanto, muitos deles podem ser usados como alternativa
para quem não pode ou não quer utilizar medicamentos convencionais —
principalmente em formulações manipuladas, com concentrações conhecidas e
combinadas a outros ativos.
Fica claro que há espaço para
estratégias personalizadas e mais naturais no manejo da AGA, desde que com
respaldo científico. O que falta ainda são estudos robustos e de longa duração
para confirmar a segurança e eficácia desses ativos.
Mas achei também que ficaram muitos
ativos dermocosméticos de fora, deixando claro que existem muitas
possibilidades de realizarmos estudos clínicos com adenosina, exossomas,
fatores de crescimento, nano ativos e peptídeos que sabemos através de estudos
feitos pelos fabricantes, que eles funcionam, mas claro que existe o conflito
de interesse, por isso, fazermos de forma imparcial seria interessantíssimo.
Fica a dica de leitura!
Grande abraço pra todos!
Lucas Portilho
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