
21 de outubro de 2024
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ICosmetologia
A
disfunção sexual feminina é um problema de saúde frequente, com um impacto
negativo na qualidade de vida e que inclui uma disfunção no desejo/excitação
sexual.
Etiologia e Patofisiologia
A disfunção sexual é multifatorial, incluindo fatores biológicos, psicológicos, relacionais e socioculturais. Algumas patologias, como a diabetes mellitus ou algumas doenças neurológicas e neoplásicas, podem, de forma direta ou indireta, afetar a função sexual. O próprio envelhecimento está também associado a uma diminuição da resposta sexual, atividade sexual e da libido. A diminuição dos níveis de estradiol na menopausa provoca uma diminuição da lubrificação vaginal e dispareunia.
Vários
fármacos podem ter um efeito inibitório da função sexual, como os inibidores
seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) e os inibidores seletivos da
recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRSN), os antiestrogênicos
(tamoxifeno e inibidores da aromatase) e os estrogénios orais (como os
contraceptivos hormonais combinados).
Avaliação
A
melhor abordagem na avaliação da disfunção sexual feminina é o modelo
biopsicossocial que deve incluir a história sexual e o exame objetivo.
Disfunção no desejo/excitação sexual
O
desejo sexual refere-se à motivação para o ato sexual; a excitação sexual
refere-se ao processo fisiológico de excitação, que inclui a lubrificação e o
afluxo sanguíneo vaginal. Pouco ou nenhum desejo espontâneo, mas resposta
sexual com desejo, desejo espontâneo e resposta sexual, mas discrepância no
grau de desejo entre a mulher e o parceiro e diminuição da excitação sexual
fisiológica relacionada com a menopausa são exemplos não de disfunção sexual,
mas de variação normal da resposta sexual, pelo que a sua distinção é
importante.
Uso de Compostos Fitoterápicos e Disfunção Sexual Feminina
A nutrição, através de suplementos
nutricionais, fitoterápicos e alimentos, vem mostrando, em alguns estudos, bons
resultados na melhora deste problema, interferindo na melhora dos níveis de
testosterona, prolactina, promovendo a detoxificação hepática e bem-estar
emocional.
ESTUDO
Estudo de revisão conduzido por Jurado et al. (2020) teve como objetivo analisar as evidências relacionadas ao uso de fitoterápicos em mulheres com disfunção sexual. Para isso, foram pesquisados estudos clínicos e randomizados nos seguintes bancos de dados: Scientific Information Web of Knowledge, MEDLINE, Pubmed, Scopus and Cochrane databases. Estudos analisados nessa meta-análise mostraram que os fitoterápicos promovem melhoras significativas nos sintomas relacionados com disfunção sexual feminina, particularmente no desejo sexual hipoativo.
Resultados:
Melissa officinalis
O aumento do desejo (P <0,001), excitação (P <0,001), lubrificação (P <0,005), orgasmo (P <0,001), satisfação (P <0,001), dor (P <0,002) e pontuação total do FSFI (P <0,001) no grupo M. officinalis foi significativamente maior do que no grupo placebo.
Tribulus terrestris
Houve uma melhora estatisticamente significativa na pontuação total do FSFI (Female Sexual Function Index) após o tratamento, com resultados positivos em 88,33% das pacientes.
Saffron
O Crocus sativus (Saffron) demonstrou ser seguro e efetivo na melhora de alguns problemas sexuais em mulheres tratadas com fluoxetina como excitação, lubrificação e dor durante as relações sexuais.
JURADO, AR. et al. The Use of Natural Products for
the Treatment of Female Sexual Dysfunction: A Systematic Review of Randomized
Clinical Trials. Advances in Sexual Medicine, 2020, 10, 56-69.
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