13 de setembro de 2021
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ICosmetologia
Você provavelmente ouviu essa notícia em várias mídias sensacionalistas e meu objetivo de hoje é recomendar a leitura dessa publicação, que na verdade é uma carta ao Editor do Journal of Cutaneous Medicine and Surgery.
Mas pra entender o conteúdo dessa carta primeiro vamos contextualizar como tudo começou. Um laboratório chamado Valisure, que fica nos Estados Unidos e que realiza estudos independentes em medicamentos, alimentos e cosméticos, ou seja, é como se fossem os laboratórios que fazem estudos clínicos e análises físico-químicas de doseamento aqui no Brasil decidiu incluir na análise de alguns produtos a verificação da presença de benzeno. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA e várias outras agências reguladoras, o benzeno é conhecido por causar câncer em humanos.
Logo de cara eles identificaram o benzeno em uma formulação de protetor solar e depois decidiram testar outros fotoprotetores. Lembrando que o benzeno não é adicionado na formulação, ele é um subproduto, ou seja, um contaminante que pode ou deveria ser eliminado das reações químicas, mas não se sabe exatamente se ele vem junto com as matérias-primas como impureza ou se por causa do calor ou reações entre os ingredientes, ele é formado.
A Academia Americana de Dermatologia publicou um comunicado deixando a bomba para o FDA e reafirmou a importância do uso do protetor solar. Sou da opinião, baseado em publicações anteriores que o uso do fotoprotetor é importantíssimo para prevenir o câncer de pele e o fotoenvelhecimento precoce da pele.
Essa carta ao Editor é um alerta sobre a gravidade dessas informações e traz uma observação muito relevante. As formas cosméticas (ou medicamentosas, pois nos EUA protetores são medicamentos Over the counter) influenciam na presença ou não do benzeno.
O benzeno foi encontrado em sprays e géis, mas não em emulsões.
Essa informação me fez lembrar do meu estudo publicado no British Journal em 2019 onde concluímos que a forma de loção é aquela que os consumidores mais aplicam quando comparado com as demais versões faciais de protetores.
Portanto, agora vocês já sabem que nem todo protetor solar tem benzeno, alías, a maioria aqui no Brasil não está entre as marcas citadas, além disso recomendo fortemente o uso de protetores em emulsões.
Abraços!
Lucas Portilho
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