
04 de agosto de 2025
|
ICosmetologia
Hoje quero compartilhar com vocês um estudo recente que une dois temas que
estão super em alta quando falamos de bem-estar e saúde feminina: aromaterapia e
mindfulness.
E mais especificamente, como essas
abordagens podem ajudar mulheres na fase da menopausa, um período que
costuma vir acompanhado de sintomas desconfortáveis como ansiedade, insônia e
alterações de humor.
O estudo foi publicado agora em maio de
2025 na revista científica Complementary Therapies in Medicine, e
investigou o impacto da aromaterapia com óleos essenciais de Lavandula
angustifolia (lavanda) e Citrus bergamia (bergamota) —
ambos amplamente utilizados na cosmetologia — isoladamente e combinados com terapia
baseada em mindfulness (MBT).
O
que o estudo avaliou?
Foram selecionadas 132 mulheres na
pós-menopausa, entre 50 e 60 anos, com níveis leves a moderados de ansiedade.
Elas foram divididas em 4 grupos:
1. Grupo Controle – tratamento
padrão com placebo
2. Grupo Mindfulness – sessões
semanais de mindfulness por 8 semanas + placebo
3. Grupo Aromaterapia – aplicação
tópica e inalação de lavanda + bergamota 3 vezes ao dia
4. Grupo Combinado – mindfulness
+ aromaterapia
E os
resultados?
Após 8 semanas de acompanhamento, os
resultados foram interessantes:
·
Aromaterapia isolada reduziu os
sintomas da menopausa (? = -5,7) e a ansiedade (? = -1,9), além de melhorar a qualidade
do sono (? = -1,7 na PSQI).
·
Mindfulness sozinho também
melhorou significativamente o sono (? = -2,6).
·
Combinar as duas abordagens não trouxe benefícios
adicionais em
comparação aos tratamentos isolados.
·
Nenhuma
das intervenções reduziu os níveis de cortisol no sangue.
·
O
que isso significa na prática?
Essa pesquisa mostra que tanto a aromaterapia
com lavanda e bergamota, quanto a prática de mindfulness, podem sim
ser aliados interessantes para melhorar o bem-estar emocional e o sono de
mulheres na menopausa. E o melhor: são estratégias naturais, com baixíssimo
risco de efeitos adversos.
No entanto, o uso combinado não
necessariamente potencializa os efeitos — algo que reforça a importância de uma
abordagem personalizada para cada paciente.
Os óleos essenciais não são apenas
perfumes agradáveis — eles têm compostos bioativos com efeitos neurossensoriais
reais. Lavanda e bergamota, por exemplo, já são bem conhecidas por suas
propriedades ansiolíticas e relaxantes, e agora temos mais uma evidência
clínica validando seu uso em um contexto extremamente relevante para a saúde da
mulher.
Fica aqui a dica: sempre que for
indicar ou utilizar ativos como esses, opte por óleos essenciais de
procedência, padronizados e testados para uso seguro. Aromaterapia é ciência, e
não achismo.
Um abraço e até o próximo post!
Lucas Portilho
Farmacêutico | Especialista em
Cosmetologia
28 de julho de 2025
24 de julho de 2025
18 de julho de 2025
14 de julho de 2025
07 de julho de 2025
07 de julho de 2025
ICosmetologia 2025. Todos os direitos reservados.