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Uso de Baixas Doses de Doxiciclina na Rosácea

03 de abril de 2024

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ICosmetologia

Promove Resultados Significativos em Pacientes com Rosácea de Leve à Moderada

A rosácea é uma doença inflamatória de pele, que apresenta uma variedade ampla de manifestações clínicas, desde eritema às lesões inflamatórias, além de sintomas oculares. A terapia combinada com agentes tópicos e orais se tornou uma opção de tratamento comum para pacientes com rosácea moderada a severa que apresentam diversos sinais e sintomas, uma vez que atua simultaneamente em diferentes fatores dessa desordem.

 

Classificação dos Subtipos

Os subtipos de rosácea incluem os seguintes subtipos: eritemato-telangiectásico, papulopustular, fimatoso e ocular.

 

Fatores Agravantes

Ø  Luz solar, vento, calor e fragilidade vascular;

Ø  Fatores emocionais e problemas estomacais, biliares e hepáticos

Ø  Estresse: liberação de substâncias vasodilatadoras pelo SNC;

Ø  Pele fotolesada: fator predisponente;

Ø  Demodex folliculorum: ácaro presente, mas sem papel na etiopatogenia.

Doxiciclina

Evidências sugerem que a doxiciclina atua na rosácea através da redução da secreção de citocinas pró-inflamatórias, como a interleucina-1ß e o fator de necrose tumoral-a em monócitos humanos. Além disso, ela inibe diretamente as metaloproteinases de matriz (MMPs), que ativam as catelicidinas (peptídeos antimicrobianos responsáveis pela resposta do hospedeiro aos gatilhos ambientais). Outro benefício da doxiciclina na rosácea é a inibição indireta da atividade catalítica da calicreína-5 (KLK-5), uma serina protease que ativa a catelicidina em sua forma mais ativa. Além disso, a doxiciclina protege a parede capilar e a integridade do tecido conjuntivo, também inibindo MMPs, o que reduz a hipersensibilidade aos estímulos vasodilatadores e evita o vazamento de capilares envolvidos no eritema, os quais podem estar associados à rosácea.

Resultados

Baixas doses de doxiciclina, um agente antimicrobiano, parece melhorar as condições associadas às doenças inflamatórias da pele. Poucos dados estão disponíveis a respeito do uso desse fármaco no tratamento de pacientes com rosácea. Portanto, um estudo de revisão publicado no periódico Internacional Journal der Deutschen Dermatologischen Gesellschaft avaliou a eficácia de baixas doses de doxiciclina na rosácea papulopustular e determinou também quais pacientes podem se beneficiar mais com essa dose. Os resultados obtidos foram:

 

Ø  Essa meta-análise coletou 532 estudos potencialmente relevantes que usavam a doxiciclina no tratamento da rosácea;

Ø  As análises dos estudos mostraram uma clara diferença a favor da doxiciclina no tratamento da rosácea quando comparado com o placebo [Risco relativo (RR:1,45) e intervalo de confiança (IC de 95% de 1,22 a 1,72)];

Ø  Outras análises mostraram que não foram observadas diferenças significativas entre a doxiciclina e outros fármacos no gerenciamento da rosácea (RR: 0,52 e IC de 95% de 0,17 a 1,63).


Conclusão

O estudo concluiu que existe grande evidência que baixas doses de doxiciclina é mais efetiva que o placebo no controle da rosácea. Entretanto, outros fármacos, tais como, isotretinoína e minociclina apresentam efeitos similares aos da doxiciclina no controle dessa patologia. Os autores sugerem que as propriedades anti-inflamatórias da doxiciclina podem ser mais úteis em casos de leves a moderados de rosácea.

 

Referências bibliográficas

EI-AHMED, HH & STEINHOFF, M. Evaluation of the efficacy of subantimicrobial dose doxycycline in rosacea: a systematic review of clinical trials and meta-analysis. J Dtsch Dermatol Ges. 2020 Sep 28. doi: 10.1111/ddg.14247. Online ahead of print.





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